Com a última Copa do Mundo de Lionel Messi se aproximando, os fãs do camisa 10 já relembram a história da estrela com a seleção argentina. Dessa forma, vamos passar por todo seu trajeto até se tornar um dos maiores campeões do futebol mundial. Confira o calendário, continue lendo para saber mais!
Onde nasceu?
Filho de Jorge Messi e Celia Cuccitini, o jogador nasceu em 1987, em Rosário, na província de Santa Fé, Argentina. Descendente de italianos e espanhóis, o futebol praticamente faz parte do seu DNA. Sua família até mesmo teve alguns jogadores profissionais antes do seu nascimento, mas eles não fizeram tanto sucesso.
Newell’s Old Boys: A origem do campeão
Apesar de ter disputado algumas partidas no Grandoli, o time que realmente marcou a entrada de Messi no futebol da Argentina foi o Newell’s Old Boys. Com apenas 6 anos, fez parte da lendária geração “A Máquina de 87”, tendo marcado centenas de gols entre seus 6 e 12 anos.
Apesar de já ter demonstrado tanta habilidade com pouca idade, Messi teve sua carreira ameaçada por uma deficiência no hormônio de crescimento. Como o tratamento para tal problema era muito custoso, aos 12 anos encerrou sua passagem pelo futebol argentino.
Ida para o Barcelona
Buscando um clube capaz de dar suporte à sua condição física, a família de Lionel Messi mudou-se da Argentina para a Espanha, vivendo com parentes na Catalunha. Por lá, um time demonstrou interesse pelo jovem artilheiro: o Barcelona.
Assim, em 2001 se iniciava a lendária parceria que rendeu tantos títulos para ambos os lados.
Barcelona: 18 anos de vitórias
Falar sobre a trajetória de Lionel Messi no Barcelona é falar sobre dezenas de conquistas. Assim, o jogador começou pelo time C do clube, partiu para o time B em 2004 e no mesmo ano já foi escalado para a equipe principal.
Pelo time catalão, venceu:
- La Liga: 10 edições;
- Copa Del Rey: 7 edições;
- Supercopa da Espanha: 7 edições;
- Champions League: 4 edições;
- Super Copa da UEFA: 3 edições;
- Mundial de Clubes: 3 edições.
Ao total, foram 34 títulos. Já em 2005 foi campeão pela primeira vez pela La Liga. No ano seguinte, passaria a se escalado com maior frequência. Em 2007, já era um titular incontestável.
Também é impressionante saber que em praticamente todas as 34 conquistas ele foi um jogador decisivo. Poucos atletas possuem um currículo tão vitorioso e estável.
Paris Saint-Germain: Uma nova fase na França
Muitos esperavam que o argentino concluísse sua carreira com a camisa do Barcelona. Entretanto, após diversas crises internas, o clube catalão não conseguiu manter o jogador em seu plantel.
Dessa forma, em 10 de agosto de 2021, se juntou ao elenco do Paris Saint-Germain. Na França, chegou com a promessa de finalmente tornar o time parisiense campeão europeu.
Apesar do começo não tão primoroso, Lionel Messi tem se adaptado ao novo clube e já se mostrou decisivo em vários jogos. Mesmo dividindo o ataque com Neymar e Mbappé, está se destacando mais e mais, principalmente na Champions League.
Messi e a Seleção Argentina
A história de Lionel Messi com a seleção argentina sempre foi conturbada. Todavia, é inegável que se mostrou um dos maiores jogadores da história do país, mesmo sem trazer uma Copa do Mundo para a nação. Assim, abaixo vamos falar sobre sua trajetória pela Argentina.
Início no Sub-20
Sendo uma das seleções mais populares do planeta, sempre existiu muita expectativa de como Lionel Messi se sairia jogando pela Argentina.
Sua primeira convocação foi pela equipe sub-20 do país, em um amistoso contra o Paraguai. Já começou bem, pois marcou um gol e deu duas assistências para o placar de 8 a 0. Apesar disso, o início se mostrou conturbado pela falta de capacidade física.
Após trabalhar justamente essa questão, passou a ser titular entre os sub-20, chegando a ser campeão mundial da categoria em 2005.
Estreia no Time Principal
Pelo time principal, Lionel Messi passou por muitos pontos altos e baixos. Inicialmente, fez sua estreia na Copa do Mundo de 2006 como reserva, marcando 1 gol contra Sérvia e Montenegro.
Até 2007, ainda era visto como uma estrela secundária, atrás do já aposentado Riquelme. Isso mudou em 2008, quando foi responsável pelo gol que garantiu a medalha de ouro nas Olimpíadas.
Fracasso em 2010
Apesar da conquista em 2008, os próximos anos foram cruéis para Messi e seu país. Apesar de serem considerados fortes candidatos ao título da Copa de 2010, os argentinos já tinha demonstrado falta de habilidade, perdendo o título da Copa América em 2007 para o Brasil.
Assim, sob o comando do lendário Maradona, sofreu para se classificar para a Copa do Mundo, garantindo a vaga com um único gol na última partida das eliminatórias.
Apesar de ter avançado na fase de grupos, perdeu para a Alemanha por 4 a 0. Já considerado o melhor jogador do planeta, muitos culparam Messi pelo mal desempenho do time argentino.
Após isso, a seleção argentina foi renovada, trocou de técnico e passou a funcionar melhor com o astro em campo. Finalmente Messi mostraria suas habilidades, como nos 3 gols que marcou contra o Brasil, em junho de 2012.
Também foi de grande importância para a classificação para a Copa do Mundo de 2014.
Vice-Campeão em 2014
Quatro anos depois do fracasso na África do Sul, um novo Messi disputaria a Copa do Mundo no Brasil. Entretanto, as expectativas não eram positivas, já que vinha de uma lesão e de uma sequência sem balanças as redes na Espanha.
Todavia, com um lance impressionante no primeiro jogo contra Bósnia e Herzegóvina, já marcou seu primeiro gol. Contra o Irã, outro lance impressionante: um gol de fora da área praticamente sem ângulo.
O time ainda venceu as seleções da Suíça nas oitavas de final, da Bélgica nas quartas e da Holanda nas semi. Finalmente, após tantos anos, disputariam a final contra a Alemanha.
Em um jogo muito disputado, acabaram perdendo por apenas um gol, marcado aos 113 minutos.
O vice campeonato foi frustrante para o jogador, que passou por novas críticas ao não conseguir a conquista do título. Após também perder o título da Copa América de 2015 e de 2016, declarou em entrevista que não mais jogaria pelo time.
Copa do Mundo de 2018
Apenas uma semana após a suposta aposentadoria, o jogador declarou em uma entrevista ao canal La Nácion que voltaria a jogar pelo país.
Assim, voltou em grande estilo ao marcar 3 gols no Equador. Foi de grande ajuda para vencer outras seleções e garantir a vaga em mais uma Copa do Mundo.
Já no torneio, a história foi diferente. Já demonstrando dificuldade ao avançar em segundo lugar no seu grupo, perdeu para a França nas oitavas. A França então venceria aquela edição.
Muito se falou sobre a falta de um bom elenco ao redor de Messi. Apesar do altissimo nível individual, o jogador não conseguia dar o seu máximo em campo justamente por não ter um time tão bom quanto no Barcelona.
Entre 2019 e 2022: Três anos sem derrotas
Após a Copa da Rússia, a equipe treinada por Lionel Scaloni ainda amargou uma derrota para o Brasil na semi-final da Copa da América de 2021.
Essa seria a última derrota da Argentina. Após isso, o time tem feito uma campanha invicta, com uma vitória na Copa da América contra o Brasil.
Copa do Mundo 2022
Agora sem grandes dúvidas, a Copa do Mundo 2022 será a última do grande craque. Ainda sob o comando de Lionel Scaloni, Messi dividirá o campo com um elenco muito mais jovem.
Entre os nomes que se destacam estão os seguintes:
- Paulo Dybala mantêm um nível alto no ataque;
- No gol, Emiliano Martínez é o titular;
- Na defesa, Lisandro Martínez e Nicolás Otamendi são peças chave.
Uma ausência sentida por todos com certeza será a de Giovani Lo Celso. O meio campista se mostrou especialmente habilidoso no estilo de jogo do craque argentino e era considerado o melhor companheiro do atacante em anos.
Grupo C com Arábia Saudita, México e Polônia
A Argentina faz parte do Grupo C da Copa do Mundo e jogará ao lado de Arábia Saudita, México e Polônia.
Além disso, com 3 anos sem derrotas, a Argentina figura como um dos favoritos para avançar até a o mata-mata. Fora ela, Inglaterra, Brasil, França e mais alguns times são fortes candidatos ao título.
O que esperar do futuro?
Há muitos debates sobre os próximos passos que o jogador tomará em sua carreira. Entretanto, é quase certo que esta Copa do Mundo será sua última. Com 35 anos, há um sentimento semelhante ao que foi visto com Maradona, na Copa em que venceu a Inglaterra.
Em termos de clubes, não há muita certeza se terminará sua carreira pelo PSG. Cotado na Inglaterra, Itália e até na Espanha novamente, rumores indicam que pode retornar ao futebol de seu país.