• Argentina abre 2 a 0, leva o empate no fim, mas vence nos pênaltis
  • Mbappé faz três e é o artilheiro da Copa do Mundo do Catar
  • Emiliano Martínez salva a Argentina e depois brilha nos pênaltis

A Argentina é tricampeã mundial de futebol. Depois de 36 anos, os argentinos se superaram e venceram a França, nos pênaltis, por 4 a 2, na tarde deste domingo, no Estádio Lusail, em Doha. O título foi decidido nas penalidades máximas, depois de dois incríveis empates, em 2 a 2, no tempo regulamentar, e 1 a 1, na prorrogação. Embora tenha sido empate, a partida teve um amplo domínio argentino, principalmente no primeiro tempo, quando a equipe finalizou sete vezes, fez dois gols, e a França não viu a cor da bola.

A vitória argentina começou a ser desenhada nos primeiros minutos de jogo. Com organização, muita luta e a escalação de Di María. O meia ditava o ritmo do time. Foi assim que a Argentina abriu o placar, com Messi, em um pênalti sofrido pelo meia da Juventus. O segundo gol, foi marcado pelo próprio. Contudo, na parte final do segundo tempo, veio o empate. Mbappé, em menos de três minutos, marcou os gols da França. Na prorrogação, Messi colocou a Argentina de volta na frente. Mas o craque francês empatou novamente e levou a partida para as penalidades.

Foi então que nos pênaltis, brilhou a estrela de Emiliano Martínez. O arqueiro já havia se destacado nas quartas de final contra a Holanda ao pegar dois pênaltis, fez uma grande partida. Assim, na decisão deste domingo, pegou a cobrança de Coman e abriu caminho para o tri argentino.

Com a vitória, a Argentina se tornou tricampeã do mundo. Os títulos da seleção argentina foram nos anos de 1978, 1986 e agora em 2022. Além disso, os argentinos quebraram uma sequência de 20 anos com títulos dos europeus. Desde 2002, com a Seleção Brasileira, que uma equipe sul-americana não conquistava a Copa do Mundo. De lá para cá foram cinco Mundiais, vencidos por Itália (2006), Espanha (2010), Alemanha (2014) e França (2018).

Baile argentino na primeira etapa

O primeiro tempo começou bastante disputado e truncado. Os argentinos mostravam muita luta quando não tinham a bola. Quando estava com ela, trabalhava bem e chegou a pressionar a França no início do jogo. Antes mesmo dos dez minutos, o time de Lionel Scaloni já havia finalizado três vezes. Assim, esta estratégia da Argentina estava dando certo. Com transição rápida e organização, chegaram novamente aos 16. Desta vez, com Di María. Depois de uma boa triangulação do ataque argentino, a bola sobrou para o meia da Juventus. Mas ele pegou mal na bola.

Até que em mais uma jogada de Di María, bastante acionado, o meia fez linda jogada sobre Dembélé. O atacante francês são somente levou o drible, mas cometeu o pênalti. Vale lembrar, então, que Messi começou a jogada ainda na intermediária. O camisa 10 argentino foi para a cobrança e abriu o placar para os argentinos. Com o gol, o jogador seis vezes melhor do mundo, chegou ao seu 12° gols em Copas do Mundo. Era o primeiro gol da Argentina.

Então, de acordo com o passar dos minutos, dava a impressão de que a Argentina desfilava em campo. A França via os argentinos jogarem sem esboçar reação. Foi aí que saiu o segundo gol argentino. Depois de uma bola rebatida pela defesa francesa, a Argentina colocou a bola no chão. Ela chegou em Messi, que, com um lindo passe, encontrou De Paul. O camisa 7 de primeira colocou Mac Allister para correr. Este, na frente de Lloris, tocou para Di María estufar as redes. Sob a batuta de Messi, a Argentina foi dando um banho de bola na primeira etapa.

Mbappé brilha e empata em três minutos

A segunda etapa começou conforme a primeira: a Argentina partindo para cima, mas com resistência francesa, principalmente no meio-campo. Sempre que tomava a bola, os argentinos faziam uma transição rápida e finalizava. Antes dos cinco, foi com De Paul, depois de mais uma boa jogada de Di María e Messi. Vale lembrar que o primeiro tempo acabou sem finalização por parte da França e até os primeiros minutos do segundo tempo, seguia da mesma forma a partida.

Embora tenha mudado ainda no primeiro tempo, Didier Deschamps seguia levando uma espécie de nó tático de Scaloni. Di María e Messi seguiam sendo muito acionados. Os dois criaram mais duas chances para os argentinos até os 15 da segunda etapa. Na primeira, com Julián Alvarez finalizando para a boa defesa de Lloris. Já na segunda chegada, a bola sobrou para Messi dentro da área, mas o camisa 10 chutou fraco.

O segundo tempo marcava já mais de 20 minutos, quando a França fez a sua primeira finalização. Kolo Muani, de cabeça. Naquele momento, os franceses mudaram a atitude em campo. Isso porque a passividade mostrada por mais de uma hora de jogo desapareceu. Então, aos 25 minutos, Mbappé finalmente apareceu para finalizar. Mas a bola foi para fora. Já era outra França.

Foi então que em um lance fortuito, na bola longa da seleção francesa. Muani sofreu pênalti de Otamendi. Na cobrança, Mbappé marcou. Era tudo que a França queria naquele momento. O gol, enfim, acordou os campeões mundiais e atordoou a Argentina. Aproveitando o momento, a França chegou ao empate. Mbappé tabelou na entrada da área, recebeu a bola por cima. Antes da bola cair, ele chutou. Era o empate para a festa francesa. Portanto, o gol marcado foi o sétimo da jovem estrela na Copa do Mundo.

Mbappé, então, passou a mandar no jogo e criar jogadas. Assim, por muito pouco não virou a partida. Antes de terminar o tempo regulamentar, Emiliano Martínez e Lloris evitaram a derrota de suas equipes em pelo menos dois lances.

Prorrogação com duelo Messi x Mbappé

O primeiro tempo da prorrogação começou de forma mais lenta. A França, com mais vigor físico, levou vantagem na maioria dos lances, mas não criou chances de gol. A Argentina, por sua vez, se restabeleceu depois dos gols e conseguiu se encontrar novamente na partida. Com isso, criou as melhores chances da etapa. As duas, com Lautaro Martinez, que entrou no lugar de Julián Alvarez. Embora tenha levado perigo, nos dois lances a defesa da França apareceu para cortar.

No segundo tempo, a Argentina seguiu buscando evitar as penalidades máximas, inegavelmente. E nem mesmo o mais otimista dos argentinos poderia prever que este gol sairia. Mas ele saiu. Com Lionel Messi, aos 3 minutos. O craque argentino tocou para Enzo Fernández, que passou para Lautaro Martinez. O atacante da Inter de Milão soltou a bomba. Lloris salvou na primeira, mas Messi estava pronto para o rebote. Era o gol do principal camisa 10 da Copa do Mundo.

Minutos depois, mais um drama argentino. Como se não bastasse tomar dois gols em três minutos, Montiel colocou a mão na bola dentro da área. O árbitro marcou pênalti. Mbappé mais uma vez foi para a cobrança e marcou o seu oitavo gol neste Mundial.

Assim como foi a segunda etapa do tempo regulamentar, os minutos finais da prorrogação reservaram ainda grandes lances. Pelo lado francês, Muani recebeu lançamento longo, a defesa da Argentina falhou. O atacante chutou para a grande defesa de Martinez, mais uma. No lance seguinte, a Argentina chegou com Lautaro Martinez, que livre, cabeceou para fora. Assim, fim de prorrogação e a Copa de 2022 foi para a decisão por pênaltis.

Martinez vira herói de novo

Afinal, o goleiro argentino foi o protagonista da disputa. Na primeira cobrança, Mbappé marcou, mas com o arqueiro argentino tocando na bola. Messi, com categoria, então, fez o seu. Na cobrança seguinte, Coman cobrou e Martínez, inteiro na bola, pegou. Dybala fez o segundo da Argentina.

Tchouaméni cobrou o segundo da França para fora. Paredes, então, ampliou para os argentinos. Kolo Muani evitou, naquele momento, a derrota francesa. Mas Montiel, em seguida, o mesmo que colocou a mão na bola na prorrogação, deslocou Lloris e finalizou a Copa do Mundo. Era o tricampeonato da Argentina.