• Neymar fez o gol brasileiro no primeiro tempo da prorrogação
  • Croácia empatou a partida já no final do tempo extra
  • Equipe croata encara o vencedor de Holanda e Argentina

O sonho do hexa acabou na tarde desta sexta-feira no Estádio Cidade da Educação, em Doha. Depois de sair na frente no final do primeiro tempo da prorrogação, o Brasil acabou sofrendo o empate da Croácia e perdeu nas penalidades máximas, por 4 a 2, a vaga nas semifinais da Copa do Mundo do Catar. A inesperada eliminação da Seleção Brasileira mostrou uma constatação: desde 2002, sempre que enfrenta seleção europeia, o Brasil sucumbe e acaba fora do Mundial.

A seleção de Tite mostrou, acima de tudo, persistência. Em todas as partidas desta Copa do Mundo. Enfrentando seleções com um nível técnico pior, a equipe canarinho sempre teve paciência para furar as retrancas de seus adversários. Tirando a derrota para Camarões, desta vez, precisou de mais de 90 minutos.

O gol do Brasil saiu no final do primeiro tempo da prorrogação. Neymar marcou o gol brasileiro. E, ao contrário do que deveria ocorrer, o time brasileiro relaxou e viu a Croácia empatar. Petkovic fez o gol que levou a disputa pelas semifinais para as penalidades máximas. Rodrygo e Marquinhos desperdiçaram as suas cobranças. O time croata, por sua vez, marcou nas quatro chances e fizeram a festa.

Primeiro tempo de muita luta

O primeiro tempo começou truncado, com muita briga no meio-campo. Mas o Brasil deu as suas credenciais logo no início. Acionado, Vini Jr. tentou o cruzamento, mas a defesa afastou. A bola voltou para ele, que chutou de chapa e a bola chegou nas mãos do goleiro croata. Logo depois, a Croácia equilibrou a partida e passou a incomodar a defesa brasileira.

Então, quando a Croácia ficava sem a bola, conseguiu forçar a bola longa em Vinicius Junior. Quando tinha a posse, conseguia forçar a Seleção a baixar as suas linhas e, com isso, entrava na área brasileira. Portanto, o primeiro tempo até os 30 minutos foi de muita luta e dificuldade para a seleção de Tite. Algo que ainda não tinham enfrentado até esta altura no Mundial. Alguns jogadores deixaram a desejar nesta primeira etapa.

Na parte final do primeiro tempo, ficou claro que o jogo seguiria truncado. Por mais que as duas equipes tentassem, as estratégias de defesas de ambas estavam dando certo. Embora não tenha tido tanta dificuldade, Livakovic, quando foi acionado, acabou dando conta do recado. A Croácia, por sua vez, levou perigo apenas em cruzamentos. Mesmo assim, a Seleção Brasileira precisou ficar de olho nos croatas no primeiro tempo.

Segundo tempo tenso

O segundo tempo começou com o Brasil em cima. Logo nos primeiros minutos, foram duas chances. Numa delas, a arbitragem analisou um possível lance de penalidade máxima, mas o VAR não constatou a irregularidade. Cinco minutos depois, a chance mais clara: Richarlison recebeu na entrada da área e achou Neymar. O camisa 10 recebeu de frente para o arqueiro croata e desperdiçou a chance do Brasil.

Então, a Seleção Brasileira passou a pressionar em busca do gol. As chances passaram a ser criadas pela Seleção Brasileira. Paquetá perdeu outra grande chance para a seleção canarinho. Depois de receber na entrada da área, o ex-jogador do Flamengo ficou frente a frente com Livakovic. O arqueiro croata saiu bem e fez grande defesa, mais uma vez. O goleiro começou a virar o destaque da partida.

Então, o jogo passou a ficar mais tenso. Os minutos passavam e o gol não saía. Foi quando Neymar perdeu outra oportunidade. O camisa 10 recebeu de frente novamente e consagrou mais uma vez o goleiro da Croácia. Paquetá, mais uma vez teve uma chance e a desperdiçou. Neste momento, a Croácia já não jogava mais. Era o jogo de um time só. O gol parecia que era questão de tempo. Mas não foi o que aconteceu. A partida foi para a prorrogação.

Prorrogação de um time só

Enquanto o Brasil procurava manter a pressão que teve quando terminou o segundo tempo, a Croácia mantinha as suas linhas baixas. Ou seja, ficou na defesa. Acostumada com essas situações de igualdade, prorrogações e penalidades máximas, dava a impressão de que a equipe da Europa esperava o tempo passar. Mostrava experiência. Desta forma, deixava a seleção de Tite ainda mais nervosa.

Pedro, que entrou no lugar do inoperante Richarlison, teve boa chance, mas desperdiçou. Foi aí que o camisa 10 do Brasil, o principal jogador e artilheiro dessa geração, pegou a bola na intermediária. Passou pelo defensor, tabelou na entrada da área. A bola chegou redonda para Neymar. Ele mesmo. O jogador driblou o goleiro e estufou a rede. Era o gol do Brasil O gol do Neymar.

O gol de Neymar foi histórico. O craque do PSG igualou o número de gols de Pelé na Seleção Brasileira. Sem intervalo, as equipes partiram para os últimos 15 minutos do tempo extra com estratégias diferentes: o Brasil esperando a Croácia para sair no contra-ataque. E a seleção croata foi para cima, mas sem muita efetividade.

Empate inesperado e vitória nos pênaltis

O segundo tempo da prorrogação não foi o que o brasileiro esperava. Os minutos demoraram a passar e o pior acabou acontecendo: Modric tocou no meio-campo para Vlasic, que abriu o jogo na esquerda com Orsic. O atacante cruzou rasteiro, e Petkovic pegou de primeira. A bola desviou ainda em Marquinhos antes de tirar Alisson da jogada. Era o empate croata.

A igualdade no placar levou a disputa pela vaga às semifinais para os pênaltis. Abrindo as cobranças, Vlasic marcou o primeiro. Rodrygo acabou perdendo a sua cobrança, o arqueiro, destaque do jogo, pegou. Logo depois, uma sequência de acertos: Majer, Casemiro, Modric, Pedro e Orsic fizeram. Marquinhos teve a chance de manter o Brasil na disputa, mas cobrou na trave. Era a eliminação brasileira na Copa do Mundo do Catar.