• Arbitragem vem sendo questionada nas últimas semanas
  • Entidade quer que árbitros decidam entre campo e vídeo
  • Árbitros terão acesso às suas próprias estatísticas

Com a finalidade de capacitar ainda mais as performances da arbitragem, a CBF anunciou, nesta quarta, uma série de medidas para qualificar o seu quadro. A principal dessas ações é a condução e montagem em tempo real da linha do impedimento pelo VAR. Esta medida entra em vigor já na próxima rodada do Campeonato Brasileiro.

Segundo o presidente da comissão de arbitragem, Wilson Seneme, as críticas ocorrem muitas vezes por conta de um processo menos simples de operação. Ele quer mudar isso de forma imediata.

– A gente vai disponibilizar a construção da linha do impedimento na transmissão ao vivo. Não vai mais enviar a foto da jogada. A gente entende que quando as pessoas que estão acompanhando a transmissão começarem a acompanhar a construção da linha, vão entender melhor – disse o dirigente.

Em seguida, o presidente destacou outras mudanças significativas. Estão previstos para os árbitros treinamentos em simuladores e a contratação de uma plataforma para que os profissionais tenham acesso aos seus números. Com o propósito de profissionalizar ainda mais a ferramenta do VAR, os árbitros poderão optar pelo campo ou apenas pelo vídeo. Esta ação, porém, deve ser posta em vigor apenas em médio prazo.

– A gente admite que foi uma semana ruim de arbitragem, mas não teve relação a organização deste evento com o que ocorreu (na última rodada)- informou.

CBF promete divulgar mais vídeos e áudios

Afinal, a entidade tem recebido críticas em relação a demora em divulgar áudios e vídeos de lances polêmicos. Até hoje, a entidade divulgava apenas vídeos revisados pelo VAR nas partidas. Além desses lances destacados, a CBF passará a publicar também os lances que passaram despercebidos pelo sistema de vídeo.

– Nós estávamos com um grupo reduzido de trabalho, por isso não publicamos tudo. A partir de agora, podem nos cobrar mais. Essa demanda tem que ser absorvida – afirmou Seneme.