• Messi perde pênalti, mas comanda a Argentina
  • Equipe de Lionel Scaloni fez a melhor partida na Copa
  • Mac Allister e Julián Alvarez fizeram os gols da partida

A Argentina finalmente chegou ao Catar para disputar a Copa do Mundo. Com um futebol dominante e confiante, a equipe comandada por Lionel Scaloni não ficou 36 jogos invicta à toa e tratou de exibir novamente o seu jogo. O placar de 2 a 0 sobre a Polônia, nesta quarta-feira, em partida válida pela última rodada do Grupo C, colocou os argentinos de volta ao patamar de favoritos ao troféu do Mundial. Sem forças para competir, a Polônia, por muitas vezes, parecia jogar um amistoso, tamanha a superioridade adversária.

Mac Allister e Julián Alvarez, estes, já no segundo tempo, fizeram os gols da vitória e classificação da Argentina para a próxima fase. Embora tenham em seu centroavante a sua principal estrela, os poloneses viram nesta quarta o goleiro Szczesny se destacar. Foram pelo menos seis defesas difíceis, além de um pênalti cobrado por Messi defendido de forma espetacular.

A vitória colocou os argentinos em primeiro no Grupo C, com seis pontos. Os poloneses, com quatro, ficaram em segundo pelo saldo de gols, já que o México venceu a Arábia Saudita, mas não conseguiu tirar a diferença. Então, a Argentina pegará a Austrália no próximo sábado, pelas oitavas de final, enquanto a Polônia encara a França.

Domínio argentino

Primeiro tempo de amplo domínio da Argentina. Com boas tramas pelas pontas, hora com Acuña, hora com Di María, as melhores chances foram sendo criadas. Messi, bastante acionado, não se escondia do jogo e foi logo dando o seu cartão de visitas. Em seis minutos, o craque argentino fez o arqueiro Szczesny trabalhar duas vezes. Em uma delas, após um chute de dentro da área, uma grande defesa.

Por outro lado, a Polônia mal conseguia pegar na bola. Isolado, Lewandowski lutava contra os zagueiros argentinos sozinho e pouco produzia. Aos 27 minutos, a Argentina pressionava a ponto de o próprio camisa 9 polonês ter de voltar e marcar a entrada da área. Szczesny ia se virando e se destacando. Era o melhor da partida. Na medida que os minutos passavam, os hermanos iam empurrando ainda mais os poloneses para dentro da área.

Foi então que Di María quase marcou em um escanteio cobrado pelo lado esquerdo. Szczesny mais uma vez fez uma ótima defesa. A Argentina tanto tentou, que conseguiu um pênalti, aos 37. Depois de um cruzamento na área, Szczesny saiu e dividiu com Messi pelo alto. O VAR viu uma irregularidade e chamou o árbitro, que deu a penalidade máxima. Messi foi para a cobrança e Szczesny pegou. O ponto mais alto do destaque do primeiro tempo.

Antes mesmo do intervalo, Julián ainda tentou mais uma vez e Szczesny espalmou novamente. A impressão que se dava era de que nada pudesse vazar o goleiro polonês na tarde desta quarta-feira. Embora o pênalti tenha dado uma desanimada no camisa 10 argentino, os demais companheiros seguiram em alta temperatura e foram para o intervalo buscando o gol a todo custo.

Gol cedo e pressão máxima

Czeslaw Michniewicz mudou seu time para tentar conter o domínio argentino. Mas não adiantou. Antes mesmo do primeiro minuto, o time treinado por Lionel Scaloni abriu o placar. Di María trama boa jogada com Molina pela direita. Este cruza rasteiro e encontra Mac Allister, que chuta mascado de primeira. A bola entra de mansinho no canto de Szczesny. Era o gol argentino no antes intransponível goleiro polonês.

Então, para quem imaginou que o jogo mudaria de figura, se enganou profundamente. Com as linhas altas e pressionando a saída de bola, com até três jogadores para tomá-la, a Argentina seguiu em cima. Messi distribuía o jogo, era o centro, o líder de um time que desfilava em campo em uma atuação poucas vezes vista nesta Copa do Mundo. As chances eram criadas sem que a Polônia sequer levasse algum perigo no contra-ataque.

Desta forma, de tanto ímpeto que mostravam dentro de campo, o segundo gol era questão de tempo. Aos 22 minutos, o gol saiu. Julián Alvarez. O camisa 9 recebeu de Enzo Fernández. Dentro da área, o atacante dominou e chutou de chapa, com categoria, no ângulo de Szczesny, que nada pôde fazer. Assim, com o segundo gol, a Polônia, ao invés de partir para cima, resolveu seguir na estratégia.

Antes do final do jogo, a Argentina ainda teve chances com Messi, Julián Alvarez e, por fim, com Lautaro Martinez. Enquanto na outra partida o México parou nos 2 a 1 com a Arábia Saudita, os poloneses tentavam não tomar gol, nem mesmo cartão amarelo. Critérios de desempate deste grupo. Contaram com a sorte, inclusive, também. No fim, as duas seleções saíram satisfeitas e classificadas.