- Fluminense leva gol com 40 segundos e não resiste ao City
- Equipe de Pep Guardiola se impõe e não dá chances ao Flu
- Julián Álvarez (2), Foden e Nino contra, fizeram os gols do jogo
O Fluminense foi fiel ao seu jogo, o famigerado “Dinizismo” e tentou agredir o adversário. Grande dúvida dos torcedores antes mesmo do jogo começar. Questões levantadas e respondidas, o Tricolor das Laranjeiras, mesmo assim, não resistiu ao melhor time do planeta e acabou goleado por 4 a 0 na tarde desta sexta-feira, no Estádio King Abdullah, em Jeddah, na Arábia Saudita, na decisão do Mundial de Clubes da Fifa.
Como dito acima, a partida até que teve momentos com características do estilo do técnico do Flu e da Seleção, mas um gol aos 40 segundos, de Julián Álvarez, dificultou muito o jogo do time carioca. Nem mesmo quando equilibrou o jogo, no melhor momento da partida, a equipe do Rio de Janeiro campeã da América foi páreo para os ingleses. Na ocasião, saiu o segundo gol, com Nino contra, e aí o desânimo foi geral.
O segundo tempo não fugiu a regra do primeiro. Mesmo com as mexidas de Fernando Diniz, o Fluminense não conseguiu agredir o time inglês. Muito ao estilo de Pep Guardiola, sem afobação e tranquilo. Phill Foden e Julián Álvarez ainda marcaram outros dois gols para enfatizar no placar a superioridade do time do lado azul de Manchester em relação ao adversário brasileiro.
Com a vitória, o Manchester City se tornou pela primeira vez campeão do mundo, o último neste formato. A partir de 2025, a Fifa organizará um Mundial com 32 clubes. Fluminense, Flamengo e Palmeiras já estão classificados para este tornei. Em 2024, está previsto um outro torneio, chamado Intercontinental.
Gol com 40 segundos prejudica o Fluminense
O primeiro tempo começou com um gol do City. Nem mesmo o mais pessimista dos tricolores iria imaginar que com 40 segundos sairia o primeiro gol. Marcelo errou a invertida e a bola ficou nos pés de Aké. O jogador do City avançou e, da entrada da área, chutou colocado. Fábio ainda desviou, mas a bola bateu na trave e voltou para Julián Álvarez, de peito, empurrar para as redes com o gol vazio. Era o primeiro do jogo, o primeiro do Manchester City.
Depois do gol, o que se viu foi um time inglês baixando a rotação da partida e aguardando as ações do Fluminense. Mas nem por isso a equipe treinada por Pep Guardiola deixou de marcar no campo de defesa do Tricolor das Laranjeiras. Contudo, o time carioca mostrou desenvoltura para sair, algumas vezes, da marcação pressão do campeão da Champions.
O Fluminense jogava muito bem e levantava a empolgação de seu torcedor presente no estádio. Mesmo assim, o jogo se concentrava no meio-campo, não havia finalização perigosa no gol de Ederson. Até que aos 15 minutos, Germán Cano recebeu de frente para Ederson, que o derrubou dentro da área. O árbitro marcou o pênalti, mas pediu para esperar. Isso porque o VAR assinalou um impedimento do argentino.
Montanha cada vez maior
O lance frustrou o Fluminense. Tanto é que minutos depois, o Manchester City marcou o segundo gol do jogo. Rodri achou Phil Foden pela esquerda. O garoto da base do City cruzou e Nino, que tentou cortar, colocou para dentro do gol. No lance, a bola encobriu o goleiro Fábio. Era o segundo gol do City. Os Citizens jogavam bem e eram letais na frente do gol do Fluminense.
O time carioca chegou ao fim da primeira etapa com o seu melhor lance. Depois de Germán Cano conquistar um escanteio, a bola foi alçada na área e Arias cabeceou. Ederson fez grande defesa. Foi o melhor lance do Fluminense na partida. Na resposta, antes do fim da primeira etapa, Grealish obrigou Fábio a fazer uma grande defesa. Após uma jogada, sempre pela esquerda, e um chute de fora da área.
Então, o primeiro tempo ficou um gosto amargo na boca do torcedor do Fluminense. Isso porque, fiel ao seu jogo, o time de Fernando Diniz até que conseguiu passar pelas linhas do City, mas agrediu pouco e levou dois gols. A montanha citada por Felipe Melo antes do início do jogo ficou ainda maior.
Segundo tempo conforme o primeiro
O segundo tempo da decisão foi conforme o primeiro. A impressão que se dava era de que o time europeu jogava em uma tranquilidade poucas vezes antes vista em uma decisão de Mundial. O Fluminense, como dito acima, mantinha seu jogo e era valente. Mas só valentia não era suficiente para tentar diminuir o placar do jogo. John Kennedy entrou no início da segunda etapa no lugar de Keno. A ideia era dar mais ofensividade ao time carioca.
Aos dois minutos, o City mostrou mais uma vez que o Tricolor iria precisar muito mais do que tinha naquele momento. Na primeira chegada do time inglês, Foden, sempre pelo lado esquerdo, obrigou Fábio a fazer outra grande defesa. Na sobra, Bernardo Silva por pouco não marcou de cabeça. O arqueiro fez a defesa. Minutos depois, em uma jogada ensaiada de falta, Fábio se virou e salvou o time treinado por Fernando Diniz. Ou seja, o Fluminense subia as linhas, o City obrigava o arqueiro tricolor a trabalhar.
Mais dois gols do City
O Fluminense começou a fazer as trocas para tentar dar mais vigor ao time. Mas não teve jeito. Nas trocas do time inglês, entrou Kovacic, volante titular. Na primeira jogada do croata, em uma bobeira de Samuel Xavier, deixou Julián Álvarez em condições de cruzar para Foden entrar de carrinho e marcar o terceiro gol. Era um banho de água fria no torcedor tricolor, que cantava no estádio. Naquele momento, a esperança se esvaiu.
Embora tivessem tentado diminuir a contagem, os jogadores do Fluminense em campo não tinham mais o ímpeto de tentar alguma coisa. Apenas John Kennedy, em um contra-ataque, fez Ederson colocar a bola para escanteio. No fim, ainda deu tempo de mais um gol do City. Julián Álvarez recebeu na entrada da área, limpou André, e chutou cruzado, vencendo Fábio. Era o quarto gol, goleada imposta do melhor time do mundo ao campeão da América.
O quarto gol do jogo deu, não somente os números finais da partida, como um duro golpe nos esperançosos torcedores tricolores. Mas mais do que isso: a realidade dura do futebol sul-americano que, em 20 torneios organizados pela Fifa, levaram a taça em apenas quatro oportunidades. Apenas São Paulo, Boca, Internacional e Corinthians. Por fim, City campeão pela primeira vez do Mundial de Clubes da Fifa.