Jogadores Suspensos e Lesionados | Liga Europa (Europa League)

Uma simples medida da Uefa (entidade que reúne todas as federações de futebol da Europa) provocou uma grande transformação na Liga Europa. Essa espécie de “segunda divisão” continental teve várias versões, formatos e nomes sem conseguir atrair interesse do público e, por consequência, dos investidores.

Foi somente depois de a entidade garantir ao campeão da Europa League uma vaga na Liga dos Campeões, a mais cobiçada e rentável competição entre clubes do planeta, que a disputa decolou deixando a falta de interesse que sempre foi uma característica do torneio.

Passou a ser encarada como alternativa pelas equipes que não conseguiam lugar na “primeira divisão” do Velho Continente através de suas ligas nacionais. Foi dessa forma que o Sevilha conseguiu subir de nível com conquistas seguidas e até mesmo o poderoso Manchester United abriu seu caminho de volta para a Liga dos Campeões.

Lesionados e Suspensos da Europa League 2024

A Liga Europa tem suas particularidades

Essa pequena revolução foi suficiente para aumentar o interesse de patrocinadores e, principalmente, as emissoras de TV que aplicam milhões de euros na compra dos direitos de transmissão. Como dois mais dois são quatro, isso provocou o inchaço do torneio, que tem número significativamente maior de clubes que a Liga dos Campeões nas fases eliminatórias, 50% a mais de grupos (12 contra 8) em seu primeiro estágio e um mata-mata extra na reta decisiva.

Mais jogos significam, naturalmente, maior número de jogadores suspensos e lesionados. Do lateral direito ao goleiro, não há como escapar dessa consequência. A Liga Europa ainda traz um ar democrático. Como abre a participação para clubes de todos os países que fazem parte da Uefa, reúne equipes que seguem um calendário diferente daquele usado pela maioria das federações. O que acaba acarretando ainda mais atletas machucados devido à realização de jogos decisivos enquanto ainda estão em pré-temporada.

Naturalmente, não há como esses problemas serem cancelados. Isso exigiria a redução do número de partidas para a adequação do calendário. Algo, naturalmente, impensável, pois significaria abrir mão de arrecadação.

Para os apostadores, a forma democrática da disputa, abre outro problema. É conseguir informações sobre times que não fazem parte do noticiário do dia a dia dos principais veículos de comunicação do continente. É preciso vasculhar sites de países menores e muitas vezes em linguagem inacessível par obter informações sobre os atletas que estão pendurados ou machucados.

Isso é especialmente problemático na etapa eliminatória, que começa antes mesmo de a bola rolar nas principais ligas nacionais do continente e envolve quatro estágios: oitavas de final, quartas de final, semifinais e final. Nesse último estágio, times que não conseguiram vaga para a Liga dos Campeões em sua fase de semifinal são incluídos.

É o primeiro dos ‘rebaixamentos’ permitidos. O segundo acontece antes do início da disputa da segunda fase, que abre a etapa de mata-mata. Oito equipes que ficaram no terceiro posto de suas chaves no estádio de grupos da Liga dos Campeões são relegadas para a Liga Europa e se juntam aos 22 classificados no torneio.

Cada estágio avançado significa não apenas glória, mas também dinheiro nos cofres do clube. E esse valor tem aumentado ano a ano. O orçamento destinado pela Uefa para remunerar os clubes por sua participação supera a casa de 1 bilhão de euros e desde a última reformulação da disputa a entidade resolveu valorizar mais sua Segunda Divisão. Até a temporada 2015/2016, a Europa League ficava com 19% desse bolo. Agora, sua participação é de 24%.